Prelúdios de impotência perseguem a minha vida infeliz.

Prelúdios de impotência perseguem a minha vida infeliz.

Os papeis voando acima da minha cabeça. As nuvens escuras acima. A alma densa. O vento.

Os pés descalços chapinhavam a água das poças. Pessoas estranhas me olhavam de um jeito estanho. Sorriam.

Andava. Andava. Andava. Andava. Andava. Até que não pude mais mexer minha perna. O chão virou tecido. Meu corpo virou agulha. Eu estava debaixo de todos acima de mim. Podia ver o jeito que andavam. Andavam estranhos. Felizes.

E depois eu estava de volta. Empurrado pra cima. Por uma poça d'agua. Nem ali me queriam?

Molhado. Humilhado. Com frio. Esse era eu. Olhando para todos os lados.

Imitando os papeis de todos na vida, mas como nenhum servia pra mim.... Joguei-os pra cima.

A indecisão formava uma nuvem negra na minha cabeça.

O choro da milha alma a deixava pesada.

O vento do futuro batia na minha cara trazendo as más noticias.

Como se...

Prelúdios de impotência perseguissem a minha vida infeliz.